sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Dia do Folclore - 22 de agosto

Entende-se por folclore o conjunto de crenças, lendas, festas, trava-línguas, parlendas, advinhas, superstições, artes e costumes de um povo. Tal conjunto normalmente é passado de geração a geração por meio dos ensinamentos e da participação real dos festejos e dos costumes. De origem inglesa, o folclore é uma palavra originada pela junção das palavras folk, que significa povo; e lore, que significa sabedoria popular. Formou-se então a palavra folclore que quer dizer sabedoria do povo.

LENDAS

As Lendas no Brasil são de inúmeras variedades, influenciadas diretamente pela miscigenação na origem do povo brasileiro. Lenda não significa mentira, e nem verdade absoluta, o que se pode e deve deduzir é que uma história para ser criada, defendida e o mais importante, ter sobrevivido na memória das pessoas, deve ter no mínimo um pouco de fatos verídicos.

Muitos historiadores, pesquisadores, folcloristas, e outros profissionais que estudam Sociedades, tendem a afirmar que lendas são apenas frutos da imaginário popular, porém como se sabe as lendas em muitos povos são "os livros na memória dos mais sábios".

A diferença entre Mito e Lenda é a seguinte, O Mito é o Personagem a qual a lenda trata, pois a Lenda é a História sobre o determinado Mito. Exemplos de algumas lendas: O boto, mula-sem-cabeça, saci pererê.

O Boto

Esta lenda muito comum na Região Norte do Brasil, consiste num encantamento que os Botos possuem, visto que se transformam em rapazes altos, fortes, muito bonitos e bem vestidos. Chegam às festas dançando, bebendo e paquerando e, antes de amanhecer, eles retornam para os rios voltando a serem botos, pois o seu encantamento só dura à noite.

Saci Pererê

O mito do Saci é um dos mais difundidos no Brasil, segundo muitos autores. O Saci seria uma Divindade de origem Indígena (dos primeiros índios a manterem contato com os Portugueses, portanto do Tronco Lingüístico Tupi-Guarani).

Nessa função, tinha sabedoria e manuseio de tudo que estava relacionado às plantas medicinais, como guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso de chás concentrados e outros medicamentos feitos a partir de plantas.

Não se tem muito conhecimento sobre a origem da atual aparência do Saci, sabe-se que é representado como sendo um negrinho de uma perna só, com uma carapuça vermelha, que fuma um cachimbo. Seu principal divertimento é atrapalhar as pessoas para se perderem.

TRAVA-LÍNGUAS

São formas de divertimento. Para que as frases funcionem, a pessoa deve repetir a frase por muitas vezes seguidas criando assim uma impossibilidade de comunicação. Exemplos:

PARLENDAS

As Parlendas são formas literárias tradicionais, rimadas com caráter infantil, de ritmo fácil e de forma rápida. Não são cantadas e sim declamadas em forma de texto, estabelecendo-se como base a acentuação verbal.São versos de 5 ou 6 silabas recitadas para entender, acalmar, divertir as crianças, ou mesmo em brincadeiras para escolher quem inicia a brincadeira ou o jogo,ou mesmo aqueles que podem brincar.O motivo de uma Parlenda é apenas o ritmo como ela se desenvolve, o texto verbal é uma série de imagens associadas e obedecendo apenas o senso lúdico,ela pode ser destinada a fixação de números ou idéias primarias, dias da semana,cores,dentre outros assuntos.Veja alguns exemplos:

ADVINHAS

São perguntas de caráter enigmático onde a resposta parece difícil de ser descoberta. As advinhas compreendem a adivinhação propriamente dita, pergunta enigmática e charada.Veja alguns exemplos:


FOLCLORE EM CAMPOS DOS GOYTACAZES (RJ)

Em Campos destacam-se algumas manifestações folclóricas, tais como:
-Jongo e Mana-Chica, danças típicas;
-Ururau da Lapa, lenda;
-Boi Pintadinho, que a cultura transformou em Boi-de-Samba.

JONGO
De origem africana, possivelmente de procedência angolana, é dança de terreiro, da qual participam pessoas de todas as idades e de ambos os sexos. Classificada por Édison Carneiro como uma das formas atuais do batuque, muito se assemelha ao caxambu no ritmo e na coreografia. Os instrumentos usados para acompanhar o Jongo são dois tambores de tamanhos diferentes: tambu, o maior, e candongueiro, o menor. Tal como o caxambu, a apresentação do Jongo não obedece a um calendário fixo. É dançado sempre no dia 13 de maio, festejando o fim do cativeiro e São Benedito, durante o mês de junho e nos dias dos santos padroeiros locais. No Estado do Rio de Janeiro foi dança muito difundida, sendo sua ocorrência observada principalmente na área canavieira exercendo função recreativa para os nossos habitantes do meio rural. Atualmente, há registro de grupos de Jongo nos municípios de Angra dos Reis, Campos dos Goytacazes, Pinheiral, Rio de Janeiro, Rio Claro e Valença.

MANA-CHICA
Criada no seio da planície, entre lagoas e canaviais, sua origem remonta a fins do século XVIII: no Caboio, pequeno agrupamento de casas que margeia a estrada que leva ao Cabo de São Tomé, morava uma mulher apelidada Mana-Chica, sua inventora. De sua vida sabe-se apenas que era alegre, amiga de diversão. Dança em forma de quadrilha que ocorre isoladamente ou como parte de um conjunto de danças chamado fado. Abrange diversos movimentos: o "balancê", o "chemin des dames", a "grande chaine", com sapateado. É acompanhada de canto e de um conjunto instrumental que reúne violas, chocalhos e adufo. Temos registro de um grupo em Campos dos Goytacazes.

URURAU DA LAPA

Consta que por volta de 1700, habitou a curva da Lapa, no Rio Paraíba do Sul, bem em frente a Igreja, um Ururau (jacaré de papão amarelo). Era bicho bravio e matreiro que durante muito tempo conseguiu escapar dos trabucos e das redes dos pescadores, espantando canoeiros e prancheiros. Segundo os índios goytacazes, hoje desaparecidos, "era um bicho papão imenso, encoruscado, medindo uns cinco metros, de cabo a rabo". Com o tempo, o jacaré desapareceu, mas ficou-lhe a lenda, que persiste até hoje, de que o animal ainda habita o local, escondido em um velho sino, que iria para a Igreja em frente, afundado no naufrágio do barco que o trazia de Portugal. A lenda informa que o jacaré seria um jovem travestido no bicho, desde que jogado no fundo do rio pelo pai da jovem ricaça que não aceitava o namoro do rapaz com a moça.

Fontes:
http://www.brasilescola.com/folclore
http://www.brasilfolclore.hpg.ig.com.br/
http://www.coseac.uff.br/cidades/camposturismo.html
http://oliveirafilho.blogspot.com/2009/06/ururau-da-lapa-em-campos-rj.html

Postado por
Kátia Monique Lemos Mothé
Laboratório de Informática Educativa

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